quarta-feira, 23 de março de 2011

Anastasia vem aí! E o centro da cidade é maquiado


Foto extraída dos mapas do São Google


Nos últimos dois dias a cidade de Vespasiano vem sendo convidada a participar, por meio de anúncios em carro de som, de ato para inaugurar a iluminação do estádio de futebol que fica na área central da cidade. De acordo com o anúncio, o governador do estado, Antonio Anastasia, estará presente hoje, dia 23, juntamente com deputados e sua comitiva de praxe. Há até uma disputa entre candidatos ao executivo local, tentando capitanear a vinda do ilustre e cobiçado (por eles) visitante.

Política à parte, o dado a registrar é que o centro da cidade vem passando por uma rápida maquiagem. O rápido e providencial tapa-buracos com aquele asfaltozinho que se solta na primeira chuva foi logo acionado. Agora começaram a pintar os meio-fios, inclusive em frente a my house. Pena que o governador não visite a cidade mais vezes, e nesta sua rápida e noturna passagem não conhecerá a periferia de Vespasiano.

A iluminação do Estádio Ivo Marani é uma obra bem vinda - e já tarda a acontecer. Dizem que foi feita com recursos exclusivos do estado. É o que dizem. Eu afirmo o contrário: foi feita, tal como todas as obras, com o meu suor, e com o suor de todos os cidadãos vespasianenses e mineiros e brasileiros. É com o nosso trabalho que eles fazem as obras, que alguns pensam se tratar de uma doação pessoal do governante de plantão. Claro que a escolha de prioridades é realizada por quem tem a caneta para assinar os cheques. Mas, a origem desses recursos, aquele que precede à assinatura do cheque, vem dos respingos do meu e do seu suores.

Que o governador, como qualquer outro cidadão, seja bem-vindo a Vespasiano. Mas, que não esqueça que, tão importante quanto inaugurar obras é tratar bem aos servidores públicos, especialmente os educadores, que precisam de melhores salários.

terça-feira, 15 de março de 2011

Biblioteca Pública precisa de reformas urgentes!


A sede da Biblioteca Pública Municipal Hebert Fernandes, de Vespasiano, precisa urgentemente passar por uma ampla reforma. No interior do prédio observa-se um enorme buraco no chão e as paredes com grandes rachaduras. Agora na chuva, as goteiras estão por toda parte, atingindo as mesas e as cadeiras e colocando em risco o pequeno acervo de livros, além do prédio, que fica ameaçado.

A situação da biblioteca pública, que fica bem no centro de Vespasiano, é uma situação calamitosa, demonstrando pouco caso do poder público para com o patrimônio da cidade. A Prefeitura deveria não apenas reformar a biblioteca, como também ampliar o acervo de livros e estimular a visita de estudantes e de toda a comunidade. Já era tempo também do prefeito instalar computadores em rede naquele local, para a consulta e a pesquisa por parte da comunidade.

Mas, infelizmente os vereadores nada fazem e o prefeito, seja por que não tem informação destas realidades, ou porque não prioriza a reforma de prédios como a biblioteca, o fato é que praticamente não se pode usar aquele local. Seria importante também que o Ministério Público tomasse conhecimento desta realidade e cobrasse
providências da Prefeitura.

Aliás, é bom que se ressalte, que a secretária da Educação já foi informada, por uma cidadã, da realidade da biblioteca mencionada aqui no blog.

O blog soube também que o madeirame do Museu Público da cidade, um dos poucos prédios antigos preservados até o momento, requer urgente tratamento, pois encontra-se igualmente ameaçado.

Será que o prefeito não possui assessores para visitar os prédios da cidade e lhe passar um relato detalhado? Os boletos para o pagamento do IPTU já foram enviados para os moradores com os seguintes dizeres: "O IPTU que você paga volta em obras para você". Será mesmo? Estaremos aqui para cobrar as mencionadas reformas.



P.S. No próximo post, falaremos aqui sobre os problemas nos bairros da periferia da cidade, que não vão nada bem. Ruas sem asfalto, buracos por toda parte, esgoto a céu aberto, inclusive em frente a instituições de ensino. Atenção, sr. prefeito e srs. vereadores, vão trabalhar, pessoal!!!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Que espuma é essa?


A foto acima nos foi enviada pelo leitor e lutador social Rogério Pinto Santos. Ele indaga: que espuma é essa que vem descendo esgoto abaixo e atingindo o nosso Ribeirão da Mata, próximo do Terminal Rodoviário de Vespasiano, entre os dias 02 e 03 de março deste ano? Segundo Rogério, a chuva ajudou a diluir a espuma. Mas, de onde ela vem e que impacto terá sobre a natureza? E acrescentamos a seguinte pergunta: quando é que vamos poder voltar a nadar e a pescar no Ribeirão da Mata, como fazíamos até no início da década de 70?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Boi da Manta e carnaval em Vespá


Uma das festas mais bonitas e tradicionais de Vespasiano é o Boi da Manta. Ainda criança, participei desse acontecimento na época que poderíamos denominar como sendo uma "época de ouro" do carnaval em Vespasiano. Dava gosto de ver, de brincar, de fazer. O carnaval, como era antes, praticamente acabou, mas o boi da manta resiste. Mesmo com as mudanças, normais, tendo em vista a própria mudança da cidade.

O Boi da Manta do meu tempo de criança era o retrato de uma comunidade ainda bem rural, que dava os primeiros passos para uma modernização, que depois viria de forma avassaladora. Várias semanas antes do carnaval reuniam-se num sítio os organizadores do boi da manta, que punham a mão na massa, literalmente, costurando os panos nos balaios, pintando, bordando, montando os "temíveis" bois, as figuras e os bonecos gigantes que seriam carregados na grande e esperada noite de apresentação do tradicional Boi da Manta.

Uma coisa bem familiar, com espírito de trabalho coletivo e solidário. Cada um dando o que podia para que a festa fosse a mais bonita e surpreendente. Chegado o dia do Boi, as ruas do Centro eram tomadas pela população, especialmente pelas crianças, que corriam, encantadas e assustadas ao mesmo tempo. Os tambores, a sanfona, o canto - Ê boi... -", a correria, a gritaria, e aquilo sempre terminava bem, com gosto de quero mais. Era uma festa cheia de surpresas, mesmo para quem, como eu, ainda garoto, ajudava a organizar, já que meu falecido pai era um folião de primeira hora, e ficava por conta dos preparativos para a festa do boi. Ele e mais de uma dezena de antigos moradores de Vespasiano.

A cidade cresceu, modernizou-se, urbanizou-se, como de resto aconteceu com o Brasil e o mundo, sob os ditames da reprodução do capital. Nesse embalo, várias tradições da bucólica cidade foram sugadas, ou abandonadas, ou transformadas, ou simplesmente esquecidas. O carnaval, por exemplo, perdeu o encanto dos famosos desfiles de rua, com carros alegóricos, caminhões, bateria, alas com sambistas, que enchiam a avenida principal e os olhos de quem os assistia. Era um tempo em que as pessoas tinham tempo para se dedicar aos fazeres que proporcionavam prazeres e gostos a baixo custo, ou a custo zero, pelo fato, aparentemente simples, de estar ajudando a fazer, a criar e a manter os festejos, o folclore, a cultura popular, enfim.

Na atualidade, o carnaval adquire outro formato, mais marcado pela influência da mídia, com os axés e funks e outros ritmos que agarram expressivas parcelas da comunidade. Não se pode dizer que seja pior ou melhor, a não ser que se admita que o tom da crítica se deve ao olhar individual de quem a formula. Eu, que vivi outra época, achava mais belo o carnaval de antes; meus alunos seguramente acharão melhor o carnaval atual. Não há como comparar: são dois momentos distintos, vividos nos limites físicos de uma mesma cidade. As coisas mudam. Mesmo quando carregam o peso do passado.

Mas, embora o carnaval tenha assumido um formato e um público novo, diferente, o Boi da Manta sobreviveu com algumas características comuns aos primeiros tempos. Claro que a montagem do Boi já não se dá da mesma forma que antes. Sem o incentivo do governo municipal provavelmente o Boi atual morreria. Antes era a própria comunidade que o fazia. Mas, a alegria e a surpresa, e a correria e a gritaria das crianças, ainda lembram os tempos da antiga Vespá. Da janela da minha casa, observo o Boi da Manta passar. Num desfile que agora traz, de novidade, algumas belas meninas com samba no pé, lembrando o carnaval de rua de outrora.

Talvez o Boi da Manta de agora, que se apresenta nos dias que antecedem à data do carnaval, tenha conseguido a proeza de trazer de volta um pouco do gostinho do desfile de rua de antigamente, com as sambistas e a bateria que alegravam a cidade. Certas festas populares têm esse poder, de se reproduzir e de trazer para o presente um pouco da poeira de outros tempos, de outros carnavais. O Boi da Manta é um dos poucos elos entre a cidade-arraial e a Vespasiano dos dias atuais. Não é o memo Boi, mas continua provocando a mesma alegria e o gosto de quero mais de antes. Inclusive no fugaz encontro entre os antigos moradores e as novas gerações.

***

"Rogerio:

Euler, tudo bem?

Você precisa entrar em contato com a Adriana Lara, para ela te informar sobre o projeto que esta tramitando na Câmara propondo novo zoneamento para a cidade. Absurdamente, o projeto acaba praticamente com toda área vede no município, assim como autoriza construir prédio de 12 andares proximo a praça JK por exemplo.

Abraços, Rogério
"

Comentário do Blog: Olha aí, pessoal, a denúncia do Rogério é grave: acabar com o pouco do verde que ainda resta na cidade de Vespasiano e permitir a construção de prédios gigantes próximo da Praça JK. Vespasiano é uma cidade pequena, mas com muitos aventureiros, que para cá se dirigem em busca do enriquecimento fácil, pouco se importando se a qualidade de vida da cidade desaparece.

Quem mora no Centro da cidade, por exemplo, sente as muitas formas de poluição, a começar pela poluição sonora, de carros de som que passam ligados no mais alto volume. Tanto os carros de propaganda, quanto os dos filhinhos de papai, que trafegam pelo Centro durante a madrugada, causando enorme barulho, sem qualquer fiscalização. Isso no Centro. Imaginem como andam as coisas nos bairros da periferia?! É hora da comunidade se mobilizar para garantir uma cidade com
qualidade de vida para todos.


Agora, Rogério, seria importante que a vereadora Adriana Lara colocasse a boca no trombone e divulgasse amplamente para a população o que vem acontecendo. E o pessoal da prefeitura, também, se quiser se manifestar, o espaço está aberto. Uma coisa é certa: a população de Vespasiano já pagou muito caro pelo silêncio e pela omissão em vários momentos. Depois não adianta reclamar.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Comunidade quer ponto de ônibus de volta


Recentemente a prefeitura de Vespasiano mandou tirar o ponto de ônibus que havia na Av. Sebastião Fernandes, em frente a um depósito de material de construção, como mostramos na foto acima.

Esta atitude tem causado grande indignação dos moradores do Centro e principalmente dos bairros da periferia, que são obrigados a descer no Terminal Rodoviário. Muitas vezes as pessoas querem resolver algum problema na parte central da cidade e precisam andar um bom pedaço da rodoviária até o centro, coisa que não acontecia quando havia o referido ponto de ônibus.

A desculpa da prefeitura é que aquele ponto atrapalha o trânsito de automóveis, que aumentou bastante. Contudo, o que mais atrapalha são os caminhões da industria de cimento Soeicom/Liz. Existe já projeto e promessa de construção de outra avenida para este transporte pesado, numa das margens do Ribeirão da Mata. Projeto este que deve transferir a Rodoviária para outro local, ainda não se sabe qual.

Ora, pessoalmente achei que faltou consultarem a opinião da comunidade sobre todos estes assuntos. Jamais deveriam cortar pontos de ônibus, tanto aquele que mencionei, quanto outro, mais próximo do P.A., que é usado por pessoas enfermas ou idosas, que precisam parar perto do Pronto Atendimento.

Mas, Vespasiano é uma cidade onde a Câmara Municipal é inoperante, o Ministério Público nem sempre atua como deveria, a Justiça aguarda ser provocada e o prefeito julga que pode fazer tudo o que entende como certo. Certo para quem? Para ele, talvez, pois ele não anda de ônibus, não enfrenta as filas do SUS, não recebe os salários de fome dos servidores municipais, etc.

Por isso, é preciso que a comunidade se mobilize sim, para ser ouvida. Aliás, aproveitando a deixa da questão do trânsito, preciso fazer mais um comentário: quando é que vão colocar sinal luminoso para passagem de pedestre? No cruzamento entre avenida Sebastião Fernandes e a rua Dona Mariana da Costa não existe tempo para a passagem de pedestre, que precisa ficar esperto e correr para atravessar a rua. Os engenheiros e especialistas de trânsito, ao que parece, só pensam nos automóveis. E as pessoas que não têm carro, como ficam?